O calendário vacinal no Brasil é bem amplo e já é iniciada desde o nascimento. Já na maternidade ou assim que a criança tiver alta, a mesma deve receber 1 dose da vacina BCG e 1 dose de Hepatite B. Essas 2 primeiras vacinas são iguais tanto na rede pública quanto na rede privada. Depois, ao completar 2 meses, o bebê necessita de vacinas quase todos os meses. A partir destas vacinas temos algumas diferenças em relação ao setor público e privado. Ambas as vacinas são seguras e protegem a saúde do bebê, porém existem alguns benefícios para algumas vacinas da rede privada. Portanto, quem tem condições financeiras para pagar, conseguirá uma proteção melhor para algumas doenças, mas as vacinas públicas já são suficientes para surprir as necessidades da população como um todo. A família deve ser informar, conhecer as opções e avaliar o que é viável.
De acordo com o calendário da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), bebês com 2, 4 e 6 meses devem ser imunizados contra: difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, hepatite B e Haemophilus influenzae do tipo b. Tanto o sistema público como o privado oferecem essa imunização e no caso ambas possuem a mesma proteção para as doenças citadas. A diferença consiste em que no SUS, o bebê receberá a vacina pentavalente e a vacina de hepatite, o que acarreta 1 picada a mais. Na rede particular, as vacinas estão todas agrupadas em uma única aplicação, a vacina hexavalente, então o bebê receberá somente uma picada. Além disso a vacina da rede privada é acelular, o que significa que ela pode causar menos efeitos adversos como febre, irritabilidade, etc.
A vacina de rotavírus é uma dada por via oral e é feita de vírus vivo. No SUS temos disponível a vacina monovalente, recomendada em 2 doses aos 2 e 4 meses de idade, que protege apenas contra um sorotipo de rotavírus, mas oferece proteção cruzada contra outros sorotipos. Na rede privada, temos a vacina pentavalente, que é dada em 3 doses (2,4 e 6 meses ) e protege contra 5 sorotipos diferentes de rotavírus, oferecendo uma maio proteção. Importante ressaltar que o ideal é que os bebês completem todo o esquema vacinal com o mesmo tipo de vacina.
A vacina tríplice bacteriana protege contra difteria, coqueluche e tétano e é administrada com doses aos 2,4 e 6 meses e reforços aos 15 meses e entre 4 a 6 anos de idade. No SUS está disponível a DTPw que é feita a partir de células inteiras da bactéria e por isto tem mais chances de efeitos adversos. Na rede privada temos disponível a DTPa que é acelular, ou seja, não é feita com as células inteiras, mas sim com proteínas e, por isto tem menores chances de efeitos adversos. Apesar disto, neste caso, tanto a vacina do SUS quando a do particular conferem a mesma proteção.
Vacina com doses aos 2,4 e 6 meses no SUS e no particular com 1 dose a mais de reforço aos 15 meses. Haemophilus influenzae tipo B é uma bactéria que pode causar uma série de doenças infecciosas e a proteção conferida é a mesma na vacina do SUS ou da rede privada, exceto pela dose de reforço a mais que é recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações mas que o Ministério da Saúde não aderiu visto que a imunização em massa reduziu a circulação da bactéria e quando ela é praticamente eliminada, três doses são o suficiente.
As vacinas pneumocócicas conjugadas protegem as crianças das doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, como pneumonia, meningite e otite média aguda. Na rede pública temos a vacina pneumocócica conjugada denominada VPC 10, que protege contra 10 subtipos de pneumococos, e na rede particular temos a VPC 13 que protege contra 13 subtipos de pneumococos. Embora os principais pneumococos causadores de doenças estejam presentes na VPC10, a VPC13 irá proteger contra mais três subtipos. Outra diferença é que na rede pública a VPC 10 é administrada em 2 doses (2 e 4 meses) e a VPC 13 em 3 doses (2,4 e 6 meses). Ambas possuem um reforço aos 12 meses para VPC 10 e entre 12-15 meses para VPC 13.
A vacina influenza é recomendada a partir dos 6 meses de idade e para todas as faixas etárias de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações. Na rede pública temos a vacina trivalente, com 3 tipos do vírus e somente são vacinadas crianças menores de 5 anos e grupos de risco. Na rede particular, a vacina é quadrivalente, ou seja, com 4 tipos de vírus, conferindo proteção maior do que a do SUS.
A vacina meningocócica conjugada deve ser administrada aos 3 e 5 meses de idade, com dose de reforço entre 15-18 meses e após com 4-5 anos de idade. No SUS, temos disponível a vacina meningocócica conjugada C, que protege somente contra este sorotipo, para a vacinação das crianças e a ACWY somente está disponível para a vacinação dos adolescentes de 11 a 12 anos. Na rede privada, temos disponível a vacina meningocócica conjugada ACWY para todas as idades, que além da proteção ao sorotipo C que está presente na vacina do SUS, protege também contra outros 3 sorotipos ( A, W e Y).
Esta vacina protege contra outra bactéria causadora da meningite, o meningocócico B e somente está disponível nas clínicas particulares. Esta vacina deve ser administrada idealmente aos 3 e 5 meses de idade, e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de idade. Se crianças entre 12 a 23 meses não receberam esta vacina e assim desejarem, devem receber duas doses com intervalo de 2 meses entre elas, também com uma dose de reforço. A partir dos 24 meses de idade: duas doses com intervalo mínimo de um mês entre elas e não estabelecida ainda a necessidade de doses de reforço.
Na rede pública a vacina contra o HPV é administrada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11-14 anos e o esquema realizado é em 2 doses com intervalo de 6 meses. A única diferença é que nas clínicas privadas a vacina é administrada a partir dos 9 anos tanto em meninas quanto em meninos. A proteção é a mesma no SUS e na rede privada.
A vacina contra a hepatite A é a mesma em composição nas redes pública e particular. No entanto, no SUS é disponibilizada dose única aos 15 meses e na rede privada é realizada uma dose com 1 ano e uma segunda dose com 18 meses. Essa segunda dose é preconizada pela Sociedade brasileira de Imunizações e visa garantir a imunidade contra a hepatite A também na vida adulta.
A vacina varicela protege as crianças contra a catapora. Na rede pública a primeira dose é administrada aos 15 meses com um reforço entre 4-6 anos. Na rede privada a primeira dose é administrada com 12 meses e a segunda aos 15 meses. A vacina é igual nas redes pública e privada, no entanto, somente a primeira dose não impede a criança de ter catapora, mas evita que a pessoa tenha a doença nas formas mais graves. O que acontece de diferente é que a segunda dose demora mais tempo para ser administrada pelo SUS.
As vacinas de febre amarela e tríplice viral são iguais nas 2 redes tanto em relação à proteção quanto à efeitos adversos. A decisão em dar as vacinas no SUS, no particular ou em ambos é dos pais e seu pediatra pode auxiliar nesta escolha e esclarecer dúvidas, riscos e benefícios.
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Título de especialista em Homeopatia, Associação Paulista de Homeopatia, 2016.
Pós-graduação em Homeopatia, Associação Paulista de Homeopatia (São Paulo/SP), 2016.
Curso de aprimoramento em Nutrologia Pediátrica, Sociedade de Pediatria de São Paulo, 2014.